sexta-feira, 9 de maio de 2008

NG7 - DR1 - Capacidade argumentativa

Competência e domínios de complexidade

Calibrar a iniciativa argumentativa própria com o acolhimento de pontos de vista divergentes.
  1. Sou capaz de identificar a necessidade de reflexão crítica face a pontos de vista diferenciados?
  2. Sou capaz de reconhecer talentos internos de abertura e receptividade a outros pontos de vista?
  3. Sou capaz de explorar situações de interacção argumentativa?

A comunicação é essencial ao homem e esta traduz-se no facto de ser irrealizável antropologicamente a não-comunicação. É que paradoxalmente não querer comunicar é já uma forma de comunicação.
A comunicação realiza-se a partir de dois vectores que, classicamente, se vinculam com a demonstração e com a argumentação. Mas, se a demonstração assume um pendor científico e os seus enunciados são objecto de verificação empírica (ex.: o calor dilata os corpos metálicos), a argumentação, diferentemente, tendo como pano de fundo os aspectos mais problemáticos do dia-a-dia e as dúvidas que lhes são inerentes, assume a verificação intersubjectiva como critério de verdade (ex.: Aborto - sim ou não?).
Deste modo, se a argumentação está presente em todos os âmbitos da nossa vida: seja na explicação de um ponto de vista a um amigo, seja na recusa de uns ténis de marca ao filho, seja na justificação de uma determinada atitude aos nossos entes queridos; compreender a sua estrutura é dar um passo significativo para que cada cidadão se constitua como membro activo da sua comunidade e para que o conceito e a realidade da cidadania alcance o seu verdadeiro significado e expressão.


«Se é vergonhoso para um homem perder na luta corpo a corpo, é impossível que este não se envergonhe de perder na luta pelas palavras cuja diferença o distingue» .

Aristóteles, Retórica


Proposta de Trabalho: A argumentação assume três movimentos que se materializam na tese, na antítese e na síntese. Fernando Pessoa salienta esse mesmo processo dentro da poesia ao evidenciar que a ode grega e, em geral, toda a ode, é presidida pela estrofe, em que se determina a ideia; pela antístrofe, em que se lhe opõe a ideia contrária; e, pelo epodo, onde se conciliam ambas ideias. Tendo em consideração o esquema argumentativo que acabamos de enunciar, desoculte algumas experiência de vida em que teve de defender uma determinada posição com alguém. Em primeiro lugar, evidencie a sua tese em contraposição com a antítese do seu interlocutor; depois, desenvolva os seus argumentos, tendo em consideração os argumentos contrários; finalmente, elucide os pontos em que está disposto a ceder ante a veracidade dos argumentos do seu interlocutor.

Esquema argumentativo:
Questões:

.....→ Despenalização da interrupção voluntária da gravidez?

.....→ Legalização da eutanásia?
.....→ Educação sexual nas escolas?
Tese (Sim)
.....
.....→ Argumentos
.....
Antítese (Não)
.....
.....→ Contra-argumentos
.....
Síntese (sim/não, mas...)

1 comentário:

Unknown disse...

Muito obrigada por perder o seu precioso tempo a ajudar os que como eu, andam ás cegas. Graças a si creio que consegui acrescentar mais uns créditos. Já fiz cerca de 12 trabalhos, mas como estou ainda muito desorientada, só consegui 2 créditos...
É desanimador...
Obrigada mais uma vez.
Cumprimentos,
FátimaG