O binómio identidade e alteridade, isto é, a relação teórico-conceptual que guardam as noções eu e outro é seguramente das mais significativas dentro da cidadania actual.
Independentemente do nível do saber que consideremos – senso comum, saber científico ou saber filosófico – o referido binómio está sempre presente. Mas esta presença não reflecte uma relação de reciprocidade, que situe a génese da identidade humana na relação que cada sujeito mantém com os diversos contextos em que está inserido. Diferentemente, reflecte uma relação eminentemente negativa que se consubstancia no preconceito por tudo aquilo que é diferente. E é a partir desta diferença que se procura construir uma falsa identidade que só encontra o seu terminus com o fim da própria alteridade, onde equivocadamente tinha a sua génese.
É significativo que a construção da identidade, individual ou colectiva, tenha a sua origem a partir da alteridade. No contexto privado, forjam-se identidades a partir da crítica a familiares ou amigos; no contexto profissional, a colegas de trabalho ou à entidade patronal; no contexto institucional, aos emigrantes e às minorias étnicas; e, no contexto macro-estrutural, às expressões culturais de outros países. E é significativo dizíamos, porque deste modo o racismo, a xenofobia e toda a classe de preconceitos sócio-culturais nunca deixarão de existir. E o preconceito ao diferente, para além de ser reprovável ética e socialmente e de favorecer a discriminação social, acaba por fomentar todo o tipo de fundamentalismo político, militar e religioso.
Independentemente do nível do saber que consideremos – senso comum, saber científico ou saber filosófico – o referido binómio está sempre presente. Mas esta presença não reflecte uma relação de reciprocidade, que situe a génese da identidade humana na relação que cada sujeito mantém com os diversos contextos em que está inserido. Diferentemente, reflecte uma relação eminentemente negativa que se consubstancia no preconceito por tudo aquilo que é diferente. E é a partir desta diferença que se procura construir uma falsa identidade que só encontra o seu terminus com o fim da própria alteridade, onde equivocadamente tinha a sua génese.
É significativo que a construção da identidade, individual ou colectiva, tenha a sua origem a partir da alteridade. No contexto privado, forjam-se identidades a partir da crítica a familiares ou amigos; no contexto profissional, a colegas de trabalho ou à entidade patronal; no contexto institucional, aos emigrantes e às minorias étnicas; e, no contexto macro-estrutural, às expressões culturais de outros países. E é significativo dizíamos, porque deste modo o racismo, a xenofobia e toda a classe de preconceitos sócio-culturais nunca deixarão de existir. E o preconceito ao diferente, para além de ser reprovável ética e socialmente e de favorecer a discriminação social, acaba por fomentar todo o tipo de fundamentalismo político, militar e religioso.
Só quando desfeitas as barreiras do egocentrismo humano e se estreitarem laços de amizade e partilha entre indivíduos, colectividades ou países, poder-se-á construir um futuro mais humano e mais tolerante. Um mundo onde todos possam expressar livremente a sua identidade, de tal forma que os indivíduos e povos possam em conjunto construir as suas identidades a partir daquilo que os une em humanidade.
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