segunda-feira, 4 de agosto de 2008

NG5 - Convicção e Firmeza Ética

«Duas coisas enchem-me o ânimo de admiração e veneração sempre novas e crescentes, quanto mais frequentemente e com maior assiduidade delas se ocupa a reflexão: o céu estrelado sobre mim e a lei moral em mim».
I. Kant, Crítica da Razão Prática

«Age de tal forma que a máxima da tua acção seja, ao mesmo tempo, critério de lei universal para todos».
I. Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes



Immanuel Kant é, sem de dúvida, um dos maiores génios do pensamento ocidental. A sua vastíssima obra, ao estender-se sobre todos os aspectos do pensamento humano, permite uma leitura bastante cuidada do mundo da vida e em especial do mundo ético-axiológico.
Ao pensarmos hoje a convicção e a firmeza ética não o podemos fazer dissociadamente do legado deste autor, pois acreditamos que o imperativo ético, que impõe a cada momento universalidade de cada acto humano como critério de moralidade, se estabelece como um crivo estreito para julgar cada um dos nossos actos nos vários âmbitos da nossa vida privada, profissional, institucional e macro-estrutural.
É sem dúvida significativa a primeira citação kantiana extraída da sua Crítica da Razão Prática, não já pelo facto de se ter constituído como citação recorrente no mundo filosófico, mas por ser reflexo de uma vida animada pelo respeito à lei moral.
Caberia a cada um de nós dar um novo ânimo à lei moral, fazendo das acções humanas um eco de responsabilidade e de respeito pelos outros e pela comunidade onde estamos inseridos.

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